Time Neon
02 / 07 / 2020
Você sabe o que é PIX e
como ele pode revolucionar seus hábitos financeiros? O novo sistema de
pagamento instantâneo do Banco Central promete pagamentos e transferências online em
até 10 segundos, sem restrição de dia e horário.
A proposta quer digitalizar de vez os
meios de pagamentos no País, reduzir os custos, aumentar a competitividade dos
serviços e abrir caminho para um novo sistema financeiro, muito mais ágil,
inclusivo e integrado.
Se você ainda não entendeu o que é
PIX e porque ele vem gerando tanta repercussão, reunimos tudo o que você precisa
saber em poucos tópicos.
Leia até o fim e prepare-se para as
mudanças.
O que é PIX e por que só se fala nisso?
Dá para resumir o que é PIX em poucas
palavras: o novo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), que
vai permitir transferências e pagamentos online em até 10 segundos, 24 horas
por dia e 7 dias por semana (inclusive feriados).
A novidade foi anunciada em 19 de
fevereiro de 2020, como uma solução para:
- Digitalizar definitivamente os pagamentos no País;
- Acabar com os dias de espera até o pagamento
ou transferência “cair”;
- Baratear os pagamentos e transferências (exemplo:
tarifas de TEDs e DOCs);
- Facilitar o pagamento de contas, faturas, boletos e impostos;
- Substituir outros meios de pagamento como
cartão de débito e dinheiro em espécie nas compras do dia a dia.
A promessa é que os brasileiros
poderão usar o PIX do Banco Central para realizar suas transações financeiras
em tempo real, com muito mais velocidade e praticidade - além de custos
menores.
Em vez de passar por intermediários,
o dinheiro vai sair de uma conta e chegar até a outra automaticamente e em
questão de segundos.
Por isso, seu lançamento foi recebido
com grande entusiasmo no mercado, e mais de 980 empresas e
instituições financeiras já solicitaram sua adesão ao sistema apenas na
primeira rodada de cadastro — entre elas, a Neon, claro!
O PIX deve estrear oficialmente em
novembro de 2020 (com pré-lançamento em setembro) e todos os bancos e
instituições financeiras com mais de 500 mil clientes terão que se adequar à
nova tecnologia.
Por que o PIX foi criado?
Para entender exatamente o que é PIX,
é importante saber o que motivou sua criação pelo Banco Central.
Nas palavras do presidente do BC,
Roberto Campos Neto: “a intermediação financeira vai transformar o custo de
pagamentos no Brasil e acreditamos que com esse sistema, junto com outros
sistemas que estão por vir, unificando-se ao longo de 2021, nós vamos ter uma
diferenciação na forma de fazer as transações financeiras no país”.
Na videoconferência de
lançamento reportada pelo Uol, ele afirmou que o PIX é um dos
projetos mais importantes do ano para a economia do País, e que espera reduzir o “grande custo”
de carregar dinheiro físico.
Para o diretor de Organização do
Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello, o PIX deve
promover maior competitividade no mercado financeiro, incluir pessoas,
facilitar transações e aliviar o bolso dos usuários.
Logo, a expectativa é que o sistema
seja uma alternativa inovadora aos modelos já existentes de transferências
bancárias, boletos, cheques e cartões.
Resumindo, os objetivos por trás do
PIX são:
- Digitalizar e universalizar os meios de
pagamento no Brasil;
- Reduzir o uso de cédulas e moedas;
- Abrir o mercado de pagamentos e facilitar a
entrada de novos atores com modelos de negócio inéditos;
- Aprimorar a prevenção e combate à lavagem de
dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FT);
- Aumentar o potencial de inclusão financeira
com custos menores de iniciação e mais agentes ofertantes;
- Gerar serviços de qualidade superior com o
acirramento da competição entre prestadores de serviços;
- Agilizar e desburocratizar transações
financeiras preservando a segurança de pagadores e recebedores.
Já o nome do sistema veio do termo
“pixel”, para representar a transformação digital e a inovação tecnológica no
sistema financeiro. Deu para entender por que o PIX gerou tanta repercussão,
né?
Quem poderá usar o PIX?
Conforme divulgado pelo BC, “o
pagamento poderá ser feito de todos para todos” com o PIX.
Ou seja, as transações financeiras
poderão ser realizadas:
- Entre pessoas físicas;
- Entre pessoas físicas e empresas;
- Entre empresas;
- Para órgãos públicos, no caso de impostos e
taxas;
- Entre Governo e cidadãos (a possibilidade de
pagar auxílios governamentais e restituição do Imposto de Renda pelo sistema está
sendo estudada).
Aliás, um dos objetivos do PIX é
justamente promover a inclusão financeira: segundo Breno Lobo, chefe de divisão
no BC, o sistema deve ajudar mais de 45 milhões de pessoas “desbancarizadas” a
ter acesso a serviços financeiros no país, conforme afirma em entrevista ao InfoMoney.
Para usar o sistema, os pagadores e
recebedores precisarão ter uma conta em banco, instituição de pagamento ou
fintech (não necessariamente uma conta corrente), ou ainda uma carteira
digital.
Essas empresas farão o papel de
provedores de Serviços de Pagamento Instantâneo (SPI), e os consumidores vão
precisar apenas de um smartphone com acesso à internet para fazer as transações pelo PIX.
Como vai funcionar o PIX?
Já sabemos o que é PIX, mas os
detalhes de seu funcionamento ainda estão sendo definidos pelo BC, pois as
possibilidades são inúmeras. Para começar, o sistema de pagamento vai oferecer
os seguintes serviços:
- Transferências instantâneas de dinheiro entre
pessoas e empresas (gratuitas para pessoas físicas);
- Pagamento de contas, faturas e boletos;
- Recolhimento de impostos e taxas de serviços
(como emissão de passaportes);
- Pagamento de compras online e em
estabelecimentos físicos;
- Saques na rede varejista.
As transações poderão ser feitas de
três formas:
- Via QR Code estático ou dinâmico;
- Via chave de endereçamento (senha digitada no
app);
- Via tecnologias de aproximação.
No caso, o QR code estático poderá
ser usado em múltiplas transações e permitirá a definição de valor de um
produto ou pelo pagador, enquanto o QR code dinâmico será renovado a cada
compra (ideal para compras no dia a dia).
O BC acredita que os aplicativos dos
bancos e instituições financeiras serão os principais meios de uso do PIX.
Com um simples toque no ícone do PIX,
será possível transferir dinheiro instantaneamente (em até 10 segundos) para
alguém apenas com o número de celular do destinatário, por exemplo, ou ter
acesso a todos os dados da compra com uma rápida leitura de QR Code.
Por enquanto, o BC não detalhou como
os consumidores e empresas vão gerar os códigos e quais serão as regras
específicas de cada transação.
Como o PIX pode mudar nossa vida financeira?
Agora que você sabe o que é PIX, deve
imaginar seu potencial revolucionário na vida financeira dos brasileiros.
Confira algumas mudanças importantes
que esse sistema vai trazer!
Fim do TED/DOC
Os famosos TED (Transferência
Eletrônica Disponível) e DOC (Documento de Ordem de Crédito), que funcionam
somente em dias úteis e podem cobrar até R$ 20,00 em uma única operação estão
com os dias contados.
Com o sistema de pagamento PIX, você
poderá fazer transferências instantâneas de graça a qualquer momento, sem burocracia,
prazos e tarifas abusivas. Vale lembrar que a Neon já estava à frente nesse
assunto, com suas transferências rápidas, ilimitadas e sem cobrança de taxas
para todos os bancos.
Substituição dos boletos e cartões de débito
Outros meios tradicionais que estão
ameaçados pelo PIX são os boletos e cartões de débito.
As desvantagens do boleto você já conhece: tarifa de emissão, pagamento por
código de barras e prazo para compensação. Com o PIX, não é preciso esperar
mais que 10 segundos para pagar uma compra, além de ser um processo muito mais
rápido e barato.
Já o cartão de débito perde para o
PIX na praticidade e por um detalhe importante: o sistema do BC não exige que o
cliente tenha, necessariamente, uma conta bancária, oferecendo as contas
digitais como alternativa.
Por outro lado, o cartão de crédito continua indispensável, pois o PIX só
funciona para operações de débito.
Redução do uso de dinheiro vivo
Apesar do avanço dos pagamentos com
cartão e digitais, grande parte das transações de pequenos valores ainda são
feitas com dinheiro vivo. Mas esse cenário deve mudar com o PIX, que incentiva
o pagamento digital mesmo para compras abaixo de R$ 10.
Logo, a tendência é que as pessoas
não precisem mais usar cédulas e moedas no seu dia a dia, por uma questão de
segurança e conveniência.
Fortalecimento do open banking
O PIX também vai fortalecer a
implementação do open banking, ou Sistema Financeiro Aberto, no Brasil.
Em junho de 2020, o Banco
Central anunciou as regras iniciais para o novo sistema, que deverá
descentralizar os dados bancários e criar um ecossistema 100% integrado, onde
os consumidores podem movimentar suas contas a partir de diferentes plataformas
- e não apenas pelo app ou site do banco.
Assim, você se torna dono dos seus
dados e pode decidir com quais instituições eles serão compartilhados e quais
os serviços mais convenientes para fazer suas transações.
Entendeu o que é PIX e como esse sistema pode revolucionar nossa forma de pagar e receber dinheiro? Deixe suas impressões nos comentários e compartilhe essa novidade.
Crédito para https://focanodinheiro.neon.com.br/
Fonte: https://focanodinheiro.neon.com.br/novidades/o-que-e-pix
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